quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A força da tentação

Eu era pastor em uma cidade onde o povo tinha o costume de jogar água uns nos outros durante o carnaval.
Eram os dias do carnaval. Eu estava na sala de minha casa, a casa pastoral, junto com meus filhos e um garoto, filho de uma senhora, membro da igreja, que morava ao lado.
De repente, aparece na frente da casa a empregada da referida senhora e grita para o menino:

- Vamos jogar água no povo na rua!

O menino olhou para mim, e eu disse a ele, fala com ela que você é crente. Ele respondeu bem alto:

- Sou crente!

Em seguida, ela tornou a gritar lá da rua repetindo o convite.
O menino olhou para mim, e eu disse para ele dizer a mesma coisa.
Ele respondeu novamente, com voz mais baixa:

- Sou crente!

A moça repetiu o convite pela terceira vez.
O garoto olhou para mim, e antes que eu dissesse qualquer coisa, ele disse com voz forte:

- Vamos!

Pensei, a força da tentação repetida é muito grande!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.


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